Tradução: Aline Storto Pereira
Ano de Lançamento: 2016
Número de Páginas: 312
Número de Páginas: 312
Editora: Aleph
Classificação: ♥♥♥♥♥
Classificação: ♥♥♥♥♥
Sinopse: Qualquer planeta é a Terra para aqueles que nele vivem. O alfaiate aposentado Joseph Schwartz desfrutava de uma pacífica caminhada de verão quando, devido a um acidente em um laboratório na mesma cidade, foi involuntariamente transportado milhares de anos para o futuro. Chega então a uma Terra marginal e abandonada, cuja superfície é quase toda inabitável, e que fica às margens de um grandioso Império.
Isaac Asimov (1920-1992) foi um escritor nascido na Rússia e radicado nos Estados Unidos, desde os seis anos de idade. Tornou-se mundialmente conhecido por seus romances e contos de ficção científica. Iniciou sua carreira literária em 1950, com o lançamento do livro Pedra no Céu (Pebble in the Sky), da série Império Galático, seguidos dos livros: The Star Like Dust (1951) e The Currents of Space (1952). Asimov também escreveu livros com o pseudônimo de Paul French, entre os anos de 1952-1958. Uma de suas séries mais famosas é a Fundação, composta por uma trilogia inicial, publicadas entre os anos de 1951 à 1953, expandidas para mais quatro livros entre os anos 1982-1993. Ele escreveu nada menos que 463 obras literárias. UAU!
Asimov foi um escritor inovador, original e criativo, cujas obras continuam sendo reeditadas e lidas até hoje como se tivessem acabado de ser escritas por ele. Isso se dá porque Isaac Asimov era um visionário. Assim como Leonardo Da Vinci e Júlio Verne, que vislumbraram a criação de máquinas extraordinárias na época em que viveram, Asimov também previu, em suas obras, o micro-ondas, a TV de tela plana, a Internet, a fibra ótica, o computador pessoal, os microchips, os celulares e, pasmem, até da doença epidêmica do século XXI: a depressão. Sim, é de cair o queixo!
Isaac Asimov viveu de perto o início da Guerra Fria, na escalada do poder atômico fomentado pelas superpotências da extinta União Soviética e dos Estados Unidos, o que, de certa forma, influenciou alguns dos seus livros que versam sobre a preocupação – que era global até a década de 1990 – de uma guerra termonuclear. Outro foco em evidência nas obras do autor era a Corrida Espacial, que na década de 1950-1960 envolveu as já mencionadas potências mundiais, em litígio ideológico.
Pedra no Céu é o retrato perfeito desse binômio das décadas do pós Segunda Guerra Mundial: radioatividade e expansão espacial. A narrativa de Asimov neste, que é seu primeiro livro, é deliciosa. É um daqueles livros cuja leitura flui de um fôlego só. Isso porque o autor cria um clima de suspense em torno da personagem Joseph Schwartz que, sem querer, acaba sendo projetado para um futuro incerto onde a Humanidade e o Planeta Terra já não são mais como ele o conhecia. O interessante é como essa viagem temporal ocorre; como Schwartz é levado ao futuro do nosso planeta. Depois, a medida em que Asimov assenta os demais personagens (do fututo) que vão interagir com Schwartz e este com as ideologias, manias, esquisitices, politica, tecnologia da sociedade do amanhã, vemos o desenvolvimento da personalidade e do caráter do protagonista e sua participação decisiva no destino da Terra. E nesse ínterim, Asimov desfia todo o seu cabedal de conhecimento sobre tecnologia, energia atômica, radioatividade e expansão espacial.
Com um tom irônico, meio fatalista e sombrio às vezes, ou cômico noutros, Asimov faz uma crítica à política global de sua época, quando todos os olhos do mundo estavam voltados para a disputa entre russos e norte-americanos pela supremacia atômica no planeta. Ele não apenas apontou essa lamentável perda de bilhões de dólares em desenvolvimento de armas letais e de extermínio global, gastos inutilmente, como também demonstra, neste romance, que por mais que os nossos governantes não estejam preocupados com o meio ambiente e a vida no planeta, o planeta Terra, a Natureza, sabe encontrar caminhos eficientes para se preservar e se defender do Homem.
Por outro lado, Pedra no Céu também fala sobre uma das maiores paixões de Asimov: a astronomia. No futuro projetado por Asimov a Humanidade povoa toda a galáxia. Porém, não se sabe de onde a raça humana veio. Há um Império Galático, e bilhões de mundos vassalos. Os humanos podem ter-se expandido pela galáxia, há milhares de anos, e os rastros desse expansionismo ter-se perdido; ou, os humanos sempre estiveram lá, e o avanço das fronteiras desse imenso Império chegaram finalmente até a Terra.
Joseph Schwartz terá que desvendar esse e outros mistérios que o perseguirá ao longo de toda a trama do livro, e, através dele, Isaac Asimov nos convidará a fazer algumas reflexões importantes sobre o nosso modo de vida e, acima de tudo, sobre o destino que estamos construindo para nossos filhos e netos.
Isaac Asimov é leitura obrigatória para todo geek e apaixonado por sci-fi de plantão. E a Editora Aleph está de parabéns, uma vez mais, pela excelente qualidade editorial deste lançamento, primando pela qualidade gráfica. E essa capa? Maravilhosa!
Se gostei do livro? Adorei. Recomendo!
Asimov foi um escritor inovador, original e criativo, cujas obras continuam sendo reeditadas e lidas até hoje como se tivessem acabado de ser escritas por ele. Isso se dá porque Isaac Asimov era um visionário. Assim como Leonardo Da Vinci e Júlio Verne, que vislumbraram a criação de máquinas extraordinárias na época em que viveram, Asimov também previu, em suas obras, o micro-ondas, a TV de tela plana, a Internet, a fibra ótica, o computador pessoal, os microchips, os celulares e, pasmem, até da doença epidêmica do século XXI: a depressão. Sim, é de cair o queixo!
Isaac Asimov viveu de perto o início da Guerra Fria, na escalada do poder atômico fomentado pelas superpotências da extinta União Soviética e dos Estados Unidos, o que, de certa forma, influenciou alguns dos seus livros que versam sobre a preocupação – que era global até a década de 1990 – de uma guerra termonuclear. Outro foco em evidência nas obras do autor era a Corrida Espacial, que na década de 1950-1960 envolveu as já mencionadas potências mundiais, em litígio ideológico.
Pedra no Céu é o retrato perfeito desse binômio das décadas do pós Segunda Guerra Mundial: radioatividade e expansão espacial. A narrativa de Asimov neste, que é seu primeiro livro, é deliciosa. É um daqueles livros cuja leitura flui de um fôlego só. Isso porque o autor cria um clima de suspense em torno da personagem Joseph Schwartz que, sem querer, acaba sendo projetado para um futuro incerto onde a Humanidade e o Planeta Terra já não são mais como ele o conhecia. O interessante é como essa viagem temporal ocorre; como Schwartz é levado ao futuro do nosso planeta. Depois, a medida em que Asimov assenta os demais personagens (do fututo) que vão interagir com Schwartz e este com as ideologias, manias, esquisitices, politica, tecnologia da sociedade do amanhã, vemos o desenvolvimento da personalidade e do caráter do protagonista e sua participação decisiva no destino da Terra. E nesse ínterim, Asimov desfia todo o seu cabedal de conhecimento sobre tecnologia, energia atômica, radioatividade e expansão espacial.
Com um tom irônico, meio fatalista e sombrio às vezes, ou cômico noutros, Asimov faz uma crítica à política global de sua época, quando todos os olhos do mundo estavam voltados para a disputa entre russos e norte-americanos pela supremacia atômica no planeta. Ele não apenas apontou essa lamentável perda de bilhões de dólares em desenvolvimento de armas letais e de extermínio global, gastos inutilmente, como também demonstra, neste romance, que por mais que os nossos governantes não estejam preocupados com o meio ambiente e a vida no planeta, o planeta Terra, a Natureza, sabe encontrar caminhos eficientes para se preservar e se defender do Homem.
Por outro lado, Pedra no Céu também fala sobre uma das maiores paixões de Asimov: a astronomia. No futuro projetado por Asimov a Humanidade povoa toda a galáxia. Porém, não se sabe de onde a raça humana veio. Há um Império Galático, e bilhões de mundos vassalos. Os humanos podem ter-se expandido pela galáxia, há milhares de anos, e os rastros desse expansionismo ter-se perdido; ou, os humanos sempre estiveram lá, e o avanço das fronteiras desse imenso Império chegaram finalmente até a Terra.
Joseph Schwartz terá que desvendar esse e outros mistérios que o perseguirá ao longo de toda a trama do livro, e, através dele, Isaac Asimov nos convidará a fazer algumas reflexões importantes sobre o nosso modo de vida e, acima de tudo, sobre o destino que estamos construindo para nossos filhos e netos.
Isaac Asimov é leitura obrigatória para todo geek e apaixonado por sci-fi de plantão. E a Editora Aleph está de parabéns, uma vez mais, pela excelente qualidade editorial deste lançamento, primando pela qualidade gráfica. E essa capa? Maravilhosa!
Se gostei do livro? Adorei. Recomendo!
4 Comentários
Asimov está na minha lista de leitura há muito tempo, pois tenho desejo de ler a trilogia Fundação justamente por ler tanto elogios sobre ele. Já li alguns contos do autor e ele escreve maravilhosamente bem. Pedra no Céu eu não conhecia, mas já está na lista de leitura :)
ResponderExcluirAbraços!
Mundo Silencioso|www.mundosilenciosoblog.com.br
Interessante a proposta do livro, cai de paraquedas no seu blog e li cada palavra da sua resenha, não sei se seria um livro que leria de imediato, por não ser muito o tipo de leitura preferida! Mas gostei bastante da sua resenha, foi bem atrativa e enriquecida de detalhes.
ResponderExcluirBjs
http://caprichadissimas.blogspot.com.br/
Olá, Livy.
ResponderExcluirNossa, a sua resenha foi a primeira que eu li sobre esse livro, e posso dizer que o enredo despertou bastante o meu interesse. Me prendi na sua resenha e com certeza o livro também vai me prender muito.
Adorei, de verdade. <3
A capa é realmente maravilhosa!
Beijos.
Leitura de Lua
Acredita que eu nunca tinha ouvido falar desse livro? Fiquei muito curiosa pra ler! Adoo livros de ficção científica!
ResponderExcluirótima resenha!
beijos
Livros, Amor e Mais