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Bélgica. 1988. Rosie, uma adolescente de 13 anos que vive no interior, se vê repentinamente sozinha. Sua mãe a abandona para fugir com o amante. Seu pai, tentando se esquivar da dor da traição, afunda-se no trabalho.
Rosie procura em sua amiga de infância, Nath, um apoio para ajudar a suportar a dor e a tristeza. Mas é trocada pelo novo namorado da amiga, mesmo após a promessa de que nunca seria esquecida por ela.
Perdida. Sendo tragada pelo medo, ela mergulha na bebida. Meio que encontra para aplacar a angústia que passou a habitar seu peito, desde a hora em que acorda, até a hora em que tenta dormir. O que restou a Rosie? Solidão! E um muro.
Aqui, o muro que “divide” é um símbolo do antes e do depois, das mudanças, das transformações. Rosie passa boa parte de seus momentos de solidão neste muro. Até que Jô, um rapaz, aparece à procura de seu cachorro perdido. Jovem, rebelde e livre, Jô mostra à Rosie um mundo de punk rock, e outros vícios. Mas principalmente, apresenta à Rosie o amor.
Fazendo uso do contraste entre o preto e o branco, os autores conseguiram trazer em seus belos traços toda a dor e angústia que envolve o mundo de Rosie. O Muro fala dos medos e incertezas, em uma época que, quando não temos apoio e compreensão, podemos escolher caminhos que à primeira vista parecem fáceis, mas não são. Em nenhum momento nos é questionado "será que isso é certo ou errado?", apenas é. É um fato e é uma realidade, nua e crua. Cruel.
Estar à deriva, junto com Rosie, foi uma experiência aflitiva. Chorei e me emocionei. Meu coração foi despedaçado... Mas ao final, sorri! Pois, como dizem, sempre há uma luz no fim do túnel.
Amei esta Graphic. Ao final, fiquei querendo mais!
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