Mês de Halloween me lembra tudo o que há de bom relacionado ao sobrenatural e terror. Sendo um dos meus gêneros favoritos em séries, filmes, livros e afins, não poderia deixar de trazer postagens relacionadas ao tema. Como amante de um bom terror, a partir de hoje, até o fim do mês, irei trazer algumas matérias relacionadas ao gênero e tudo o mais que eu puder pensar (risadas macabras). 

Pois bem, e para começar com chave de ouro vim falar de mais uma série que se tornou indispensável para mim. Estou falando de The Strain, uma série que vocês ainda vão me aturar muito falando (junto à The Walking Dead e The Last Ship). Há alguns meses eu vinha acompanhando notícias sobre o surgimento e produção da série, e fiquei satisfeita ao saber que era baseada na trilogia da Escuridão, romances escritos por Chuck Hogan e Guillermo del Toro. Ainda não li a trilogia, apesar de tê-la completa na estante, mas já estou planejando uma brechinha nas minhas metas de leitura para poder acompanhar os livros, pois adorei a série.

Aliás, diga-se de passagem, apesar de não poder comparar a obra literária com a televisiva, a série é ótima. E vou fazê-los (pelo menos tentarei) entender o por quê!

Ficha Técnica:


Criado por: Guillermo del Toro e Chuck Hogan (2014)
País de Origem: Estados Unidos
Idioma original: Inglês
Gênero: Drama / Terror
N.º de temporadas: 1
N.º de episódios: 13
Duração média por episódio: 42 minutos
Produção: FX Productions
Produtor: J. Miles Dale
Produtores executivos: Guillermo del Toro, Carlton Cuse, Chuck Hogan e Gary Ungar
Distribuída por: 20th Television
Compositor da música tema: Ramin Djawadi
Elenco principal: Corey Stoll (como Dr. Ephraim "Eph" Goodweather); Mia Maestro (como Nora Martinez); David Bradley (como professor Abraham Setrakian); Kevin Durand (como Vasiliy Fet); Jonathan Hyde (como Eldritch Palmer); Richard Sammel (como Thomas Eichhorst); Sean Astin (como Jim Kent); Jack Kesy (como Gabriel Bolivar); Natalie Brown (como Kelly Goodweather); Miguel Gómez (como Augustin "Gus" Elizalde); Ben Hyland (como Zach Goodweather).
Elenco recorrente: Pedro Miguel Arce (como Felix); Adriana Barraza (como Guadalupe Elizalde); Anne Betancourt (como Mariela Martine); Francis Capra (como Crispin Elizalde); Roger Cross (como Mr. Fitzwilliams); Ruta Gedmintas (como Dutch Velders); Leslie Hope (como Joan Luss); Daniel Kash (como Dr. Everett Barnes); Regina King (como Ruby Wain); Robert Maillet (como o Mestre); Steven McCarthy (como Gary Arnot); Stephen McHattie (como Mr. Quinlan); Melanie Merkosky (como Sylvia Kent); Drew Nelson (como Matt Sayles); Alex Paxton-Beesley (como Ann-Marie Barbour); Kim Roberts (como Neeva); Jonathan Potts (como capitão Doyle Redfern)

Sinopse: Um boeing 777 chega no aeroporto JFK, em Nova York, e enquanto está a meio caminho de pousar, de repente para completamente. Todas as persianas são baixadas, e as luzes desligadas. Os canais de comunicação ficaram mudos, mas um alerta foi enviado ao Centro de Controle de Doenças (CDC). O Dr. Ephraim "Eph" Goodweather (Corey Stoll) recebe a chamada e embarca no avião. O que ele encontra faz seu sangue gelar.

O que achei?


Acompanhamos em The Strain o Dr. Ephraim Goodweather (Corey Stoll), chefe do Centro de Controle de Doenças, junto com a  doutora  Nora Martinez (Mia Maestro) atenderem a um chamado no aeroporto JFK, onde um boeing 777 está parado, com as luzes apagadas e persianas fechadas. A suspeita é de que os passageiros estão infectados.

Eph e Nora, estão dentro do avião, vendo todas aquelas pessoas aparentemente mortas e infectadas com algo sinistro e totalmente desconhecido. Até que descobrem que algumas daquelas pessoas não estão mortas, e estranhamente "voltam" a vida com estranhos sintomas.


Aos poucos, enfrentando alguns desafios com relação à infecção e à própria vida pessoal, Eph começa a perceber que o que tem em mãos não é um mero vírus, mas algo mais macabro e antigo, que está contaminando e modificando as pessoas, transformando as pessoas em monstros. 

Esqueça aqui os vampiros limpinhos, bonitos, sedutores à procura de amor. Em The Strain estes seres são mais primitivos, vorazes. Sua aparência é medonha e grotesca. São pálidos também, mas o modo como sugam suas vítimas é muito mais brutal. O vampiro tem em seu sangue pequenos e finos insetos, como larvas, parasitas que atacam seu hospedeiro de forma rápida. Basta um bichinho destes encostar em sua pele e... adeus humanidade. Uma vez dentro do hospedeiro, eles se alastram e se multiplicam, impossibilitando qualquer salvação. Depois de infectado, os sintomas se manifestam de forma rápida: perda de pelos, perda do órgão sexual, ouvem ruídos estranhos. Depois a mandíbula se divide e todos os órgãos internos são adaptados, e uma imensa língua com presas substitui a língua, por onde sugam a vida da vítima. Também, depois de transformados, eles têm o instinto de ir atrás daqueles que amam ou conhecem, propagando de forma ainda mais rápida esta praga.

Eph e Nora não estão preparados para o que tem que enfrentar, e muito menos entendem exatamente o que está acontecendo. Mas quando Abraham Setrakian (David Bradley) aparece em cena, o que antes parecia absurdo, começa a fazer sentido. O velho senhor apresenta a eles um mundo terrível a a visão de um Mestre primitivo, causador de toda a devastação que está começando a se alastrar. Todos os vampiros são uma unidade junto ao Mestre, sendo seus olhos, seus ouvidos. 



Mas há também o braço direito do Mestre, o estranho e frio Thomas Eichhorst (Richard Sammel). O alemão ultrapassa todos os limites para consagrar o reino do grande vampiro. Para isso, utiliza da sagacidade, da opressão e do medo, "chantageando" determinadas pessoas para que façam o que ele quer. O mundo que todos conhecem está acabando. Será o fim da humanidade?


Mas espera um pouco! Estou me empolgando e vou acabar contando toda a história. É difícil não querer falar mais e mais sobre a trama, que é muito boa e cheia de nunces e detalhes. Cada personagem tem sua história, e cada detalhe na história vai se amarrando de forma espetacular. Aliás, os personagens principais são sensacionais. Confesso que algumas vezes eu me irritei um pouco com Eph e Nora. Acho que eles tem um jeito um pouco afetado demais, mas nada que me faça detestá-los.


Mas os demais personagens são empolgantes: Abraham Setrakian é o principal, ao meu ver. Não somente pela sua história e pela sua idade, mas pela importância que tem para a trama. Ele já lutou com os vampiros há muito tempo, na Segunda Guerra Mundial, onde  Eichhorst tem um grande papel também. A história de Setrakian é triste, dura, fria. Ele sofreu muito, viu muito, e também esperou muito por uma oportunidade de ver cara a cara o Mestre e se vingar. Mas hoje, sabe que sua vida está chegando aos limites da força e, diante do pandemônio, precisa de aliados para uma luta que será árdua e sangrenta. 

Aí entra outros personagens de peso, como Vasiliy Fet (Kevin Durand), um caçador de pragas, que conhece os esgotos da cidade como a palma de sua mão. Tanto ele quanto Setrakian são meus personagens preferidos na série. Gosto do jeito durão mas sagaz de Fet e o modo como ele encara as coisas e luta. E Setrakian é tão, tão... é inexplicável. Eu admiro a força, a coragem, a determinação que ele tem, apesar da avançada idade, da solidão, da tristeza, da dor de ver seu pesadelo solto causando tanto mal.


Outro personagem que eu adoro é o mexicano Augustin "Gus" Elizalde (Miguel Gómez). Ele é todo machão, determinado, e até destemido. Eu acho tão divertido ver ele em cena, o modo como ele interage com os problemas, como ele se apercebe do que está acontecendo. Com certeza será um personagem de peso na próxima temporada, além dos já mencionados.


Mas principalmente o que mais gosto na série é como os episódios vão se encaixando, seguindo num crescendo. É impossível parar até terminar. Eu assisti os episódios praticamente simultaneamente ao canal americano, conforme ia saindo, e me via doida esperando o próximo episódio.

Esta é uma série que não poupa, e se você tem o estômago mais fraquinho e não gosta de coisinhas gosmentas, sangue, etc. então esta série é puro terror para você. Mas se, assim como eu, você adora uma matança, cheia de lutas e de conflitos, bem vindo à The Strain. O clima da série é ótimo e muito obscuro, além de que fiquei admirada com a qualidade da produção, que não decaí em nenhum episódio, e que chega a ser cinematográfico. Aliás, isto é uma garantia do próprio Del Toro (adoro os trabalhos dele, e seu nome só garante ainda mais prestígio à série).

Mas como andorinha sozinha não faz verão, o companheiro produtor Carlton Cuse (Lost), também faz parte do projeto, porque ele adora a ideia de fazer uma série de vampiros que sejam verdadeiramente assustadores, perigosos e parasitas. Em primeiro momento, para você que leu ou não o livro, poderia imaginar ser mais atraente a ideia de um filme ao invés da série televisiva. Acontece que Cuse apontou que o projeto é muito melhor para a televisão do que em filme por causa de sua "mitologia", que seria complicada para expor em um filme de tão pouca duração em oposição à duração de uma série, sendo que na mesma há como explorar de uma forma mais abrangente e detalhada (e nós agradecemos).


A série tem um alto nível de violência e brutalidade, o que pode gerar um certo desconforto aos mais fracos, mas segundo Cuse a emissora lhes permitiu fazer tudo da forma como eles queriam, adotando um conceito mais escuro e sombrio, onde o terror realmente estivesse presente. E tiveram absoluto sucesso neste empreendimento. Eu simplesmente amei esta primeira temporada: cheia de reviravoltas, sustos, ótima cenas de luta e terror, etc.

É sério, eu nem acho que consegui explicar de um modo que mostre como a série é boa, muito boa. Acho que só assistindo para ver. Mas se com tudo o que disse, e com todas estas imagens eu ainda não te convenci, assista ao trailer e "deguste" um pouco do que vai encontrar. Ótima dica para os fãs do gênero.

Trailer